segunda-feira, março 31, 2008
"E essa a pergunta que tens de guardar e voltar a repetir dentro da tua cabeça até ao fim dos tempos". Parando e ouvindo, talvez seja necessario parar e ouvir outra vez. Reunir tudo à nossa frente, qual bancada do mestre artista, e relembrar o que nos trouxe aqui. Sentámo nos como se nada fosse, deixei o pescoço tilintar à sua posiçao preferida e a luz ofuscar as poucas pálpebras que restavam. Inspirar fundo e sorrir perante tamanha demonstraçao de poder, como nada nunca era. O poder que procuravas tinha jogo de anca suficiente para nao se deixar levar assim. Nao voávamos, nao corriamos, nem muito menos fomos capazes de nos transferirmos espacialmente instantaneamente. Atirávamos pedras para o ar. Sim! Tantas quanto as que tinhamos à mao. Atirávamos e continuavamos a atirar. Com pouca força, muita força, fosse a força que fosse, sem nunca sequer pensar no que viria a seguir. Assim, todos os momentos se tornaram oportunos. Olhando para cima, aberto e nao ofuscado, e sentir o leve cair das pedras. Aqui, ali, todas ca dentro. Inesperadamente, a ondulaçao desapareceu porque ja nao precisas dela. E tu sim, és.
0 toes just touched the water